Olá, para quem lê o meu blog. Para quem está lendo pela primeira vez, para
quem nem lembrava que ele existia, sei lá para quem, mas essa é uma mensagem
importante e torço para que alguém leia. Não deixe de ler só porque é um
pouco grande... VALE O ESFORÇO.
Durante o começo do ano criei esse blog na expectativa de falar de um
dos meus amores, o CRUZEIRO ESPORTE
CLUBE. O que aconteceu, porém, foi que tomado por uma série de
contratempos, somados com outras coisas ainda piores, o blog ficou quase seis
meses dado às traças.
O que eu queria falar hoje é das outras coisas ainda piores!! Coisas
com o meu, o seu, o nosso CRUZEIRO ESPORTE CLUBE. Não sei se sabem, mas não sou
mineiro. Minha família é e herdei com muito orgulho a camisa celeste. Moro em
Brasília, por isso acabo ficando um pouco distante das principais notícias.
Tudo o que eu quero ou preciso saber, tem que ser fruto de pesquisas profundas,
que demandam tempo e disposição, coisas difíceis nos tempos de hoje.
Voltando ao assunto, durante esses meses que fiquei longe das páginas
azuis, vi muita coisa acontecer. Desde a minha última postagem, dia 26/03 o que
aconteceu foi o seguinte:
Em 24 jogos, contando Campeonato Mineiro, Libertadores, amistosos nos
EUA e Campeonato Brasileiro tivemos:
Vitórias: 10 (41,66%)
Empates: 7 (29,17%)
Derrotas:7 (29,17%)
Com um aproveitamento de apenas 41,66%, porque na minha opinião,
empate não é aproveitamento nenhum. Nem nos pontos corridos. Lógico que 1 ponto
faz diferença, mas a realidade é que 2 pontos foram perdidos. O que importa é
que 41% de vitórias é muito pouco. (Não estou contando com a vitória sobre o nosso ex-rival, escrevi o texto no final de semana e não estou afim de mudar.)
Eu pensei em analisar os três técnicos que tivemos nesse período, mas
não vale à pena. Afinal, o nosso CRUZEIRO é um só. Aonde eu quero chegar com tudo
isso?
Vimos que em uma atitude muito brusca e repentina um discurso que era,
“vamos manter o elenco, segurar jogadores para continuarmos entrosados e
vencermos”. Tornou-se em “Mudanças são iminentes e emergenciais”. Uma coisa
estranha aconteceu. Eu sei que alguma coisa muito sinistra rolou nos calabouços
da diretoria, em que o cacique, Zezé Perrella, saiu decapitando um monte de
gente. Sobrou para todo mundo, técnico, jogador, diretores. Foi, como eu já
disse, SINISTRO.
Quem, até o momento era braço direito do presidente foi cortado e
rejeitado. Realmente, mudanças eram muito necessárias, desde a derrota na
Libertadores do ano passado. Acabou que o Perrella acertou mais que errou ao
manter a equipe. Mas o ideal é que no período de mudanças, as mudanças aconteçam.
Não de supetão como nos ocorreu. Assim, ficamos com uma equipe desestabilizada
o suficiente para, sob a desculpa de prioridade na Libertadores, perdermos um
rural. Acabou que tudo escorreu pelo ralo de forma vergonhosa. E começamos o
campeonato estranhamente, amargando posições por volta do 10º lugar.
O que eu vi, no final das contas, é que pelo discurso dos jogadores as
mudanças realmente surtiram efeito. O clima tenso e estranho das coletivas
mudou para tranquilidade, união e alegria. Se alguma coisa estava fedendo,
parece que o pessoal da limpeza arregaçou as mangas e começou a trabalhar.
Ainda é cedo para falar das novas contratações. De quem merece espaço,
de quem não merece espaço. Estamos recomeçando a construção de uma equipe, e
isso requer muito tempo e trabalho. Bom, se tudo parece estar se ajustando,
qual foi o grande problema.
O problema foi a apatia que o time vivia, parece que o elenco estava
rachado, e o pessoal queria a cabeça do professor Adilson. Deu que conseguiram,
mas o maior problema de todos foi: Como, em um clima ruim desses, que exigiu a
demissão imediata do diretor de esportes e do diretor de marketing quase não percebemos
nada, de forma que a notícia chegou a gerar certo espanto?
Aonde eu quero chegar? Não sei até que ponto a famosa campanha “Fora
Perrella” é certa. Se ele tem culpa na casa, eu não tenho certeza. Mas existe
uma possibilidade do problema ter vindo do pessoal da sua confiança. Lembrem o
maior problema de uma pessoa não é o seu inimigo, mas o seu próximo que se
revela um traidor.
Como proteger o Cruzeiro disso? Inclusive de outros problemas com o
Zezé Perrella?
TRANSPARÊNCIA
O que a diretoria precisa é de transparência. Precisamos saber o que
acontece lá dentro. Como é gerida a finança, para onde e como está sendo usado
o dinheiro do clube, em que direção o clube anda, qual o principal objetivo,
quais as metas e por aí vai. Afinal, como um time vice-campeão da Libertadores,
campeão Mineiro, 4º colocado no Brasileiro, fora o torneio do início do ano,
consegue fechar o ano de 2009 no vermelho?
O que o CRUZEIRO ESPORTE CLUBE precisa é dessa, tão temida pelos
imundos, TRANSPARÊNCIA! Com isso veríamos quem está fazendo m**** e quem está
lutando pelo certo.
Do jeito que é hoje não sei dizer se quem saiu foi o errado ou o certo
que se atreveu a desafiar o sistema. Então é isso: TRANSPARÊNCIA.
Lógico que existem coisas que não podem ser reveladas antes do tempo,
não quero burrice, jogadas de marketing, contratações. Essas coisas podem ter
mistério, mas nunca ficar completamente ocultas.
Então o que eu peço, espero e torço, é pela TRANSPARÊNCIA. E também
torço para que alguns escutem a minha voz, entendam e se juntem. Lutando por
esse bem comum. E se eu morasse em minas em todo jogo iria ao estádio
carregando os seguintes dizeres:
TRANSPARÊNCIA CRUZEIRO
Temos que iluminar nossos comandantes como as estrelas que carregamos
no peito. Se o Perrella é errado ou não, em um ambiente limpo e transparente,
fica fácil de dizer.
Não basta só pedir a cabeça de um sujo, para daqui a pouco entrar um
imundo. Temos que ter mudanças reais. Que saltem aos olhos dos torcedores e
vejam que o CRUZEIRO É UM TIME QUE
FAZ DIFERENTE.
Se isso vai ser uma campanha ou não, não sei dizer, mas meu discurso
hoje e sempre, até que mudanças aconteçam vai ser:
TRANSPARÊNCIA CRUZEIRO